Como todos sabem, ou pelo menos imaginam, pelo meu último post, eu estava detonada. Então nessa sexta-feira, depois da faculdade, resolvi ligar para a minha amiga e ir numa balada. Eu não sou o tipo de pessoa que vai para balada (Não sou o tipo de pessoa que gosta de pessoas). Prefiro ficar em casa ou ir para algum bar com poucos amigos conversar. Mas a balada era perfeita para o meu estado de espírito, eu pensei.
Chegando lá fui atrás do que eu queria: parar de pensar. Comprei uma cerveja e fui com a minha amiga pro meio da pista. A cerveja me deixou um pouco tonta, a música não me deixava ouvir, as luzes não me deixavam ver. Absolutamente todos os meus sentidos foram bagunçados. Por um tempo funcionou: eu não pensava mais. As vezes as luzes se acendiam, o que me permitia olhar em volta e enxergar todas aquelas pessoas exatamente iguais: as roupas, o estilo de dança, praticamente clones. Era nesses momentos, muito breves, que eu voltava a pensar. Me perguntava o que eu estava fazendo ali se eu não me encaixava com aquelas pessoas, o que me levava a pensar que a única pessoa com quem eu realmente queria me encaixar não estava ali e nunca estaria porque também não se encaixaria. Então eu fechei os olhos, com a garrafa na mão, e tentei não pensar de novo. Foram 4 horas lá e por vezes funcionou, por outras não. Garotos me passando cantadas ruins, isso quando não me assediavam sem se dar ao trabalho de tentar conversar atrapalharam bastante o processo de tentar me sentir livre ao invés de abandonada, fazendo eu me sentir incomodada.
A primeira vez a gente nunca esquece.
Sem comentários.
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